Por ti...

São dezoito horas... As Vésperas Canônicas...

Vai anoitecer... Desfaz-se a luz do dia...

Com sonhos e sem promessas neste dia que termina

Minh’alma anseia por ti...

Se o meu coração soluça, é porque um sorriso vi...

Na testa, a lembrança do beijo, o primeiro, virginal,

Que acordou todo o desejo e o despertou para sempre!...

Saudade do teu olhar, do teu olhar docemente...

(Oh! Terna estrela cadente, tão rápida!...) Em tão pouco tempo,

- O quanto eu vivi!...

De instantes se faz o afago e, em minha tristeza desabo,

Pelo Tudo o que eu perdi...

A Eternidade em momentos, de amor, paixão, sentimentos,

Me fez viver só por ti!... E nesses sonhos, há as sombras

Misturadas com lembranças... Que me vêm ao fim do dia...

Na hora da Ave-Maria...

- No meu passado eu fugi...

Não queria que sofresses, e não querendo, perdi...

Com teu perdão tu me assombras! Só quem ama é que compreende

E renuncia e se entende...

Mas o meu sonho escondi por tantos anos afora...

Que de viver esqueci.

A cada momento revivo; e as lembranças eu cultivo,

Porque vivo só prá ti...

Por ti, a Vida me encanta, por ti, saem-me da garganta

As mais bonitas canções...

Sofri dores tão cruéis, alma e corpo lacerado,

Mas à lembrança do amado a tudo sobrevivi!

Por ti, por breves momentos, esqueço meus sofrimentos

E te amo em Oração...

Nossos encontros fugazes, se são sonho ou realidades,

Eu já comigo não sei!...

Devem ser sonhos! Promessas

Não existem de Amanhã...

Felicidade sem metas... Mas sorri meu coração...

São lenitivos pr’as dores

De quem viveu só de amores

Em imensa solidão...

Por ti... Por breves instantes,

Sou feliz e são constantes

Meu amor e gratidão...

E nesta Hora... São Vésperas!

Momento da Ave-Maria

É à hora da Oração...

Em que peço só por ti,

Pois pra mim tudo está bom:

Se sofro é porque mereci...

Por ti, minh’alma se eleva e minha Prece vai leve

Subindo aos Pés de meu Deus!

Por ti, esqueço de mim, pois este Amor não tem fim

E estará nos dias meus até o último instante...

Por ti, as lágrimas, risos,

Qual doce tocar de sinos,

Me fazem ainda viver...

Por ti, o Amor “sem-promessas”,

Sem futuro, só de “pressas”

Me encanta, e eleva aos Céus...

(...)

Passou a hora sagrada; entoei a Ave Maria

Pois quando eu canto, eu rezo...

E eu esperei a noite

Rezando para que um dia,

Ainda voltes aqui!...

Por ti, meu amor, pra ti

É que pulsa o coração...

E, se a Vida ainda busco,

É pra ser-te doação,

Sem retorno nas esperas

Sabendo que a solidão

Será minha eterna canção!

- Mas por ti, meu doce amor,

Sinto o que nunca senti!...

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Nota: A Esperança, por motivos muito seus, não queria mais colocar aqui seus poemas. Mas como sou "sua filha de coração" , pois a tenho como "minha segunda mãe," tomo a liberdade eu de publicá-los! Abçs! Val.

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 31/03/2011
Código do texto: T2881604
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