Dois caminhos, um amor.
De mãos dadas com o brilho das estrelas acompanhado de sua imortal presença que se faz tão enigmatica e simplória, torno-me menino, viajante como um louco sem noção da realidade me entrego de corpo, alma, pensamento e o que mais eu puder, sou escravo, seguidor, fã, sou o que eu puder ser ou o que você deixar que eu seja, dias que se tornam noites passam por mim enquanto me banho em seus beijos que ainda me impregnam, minha ciranda de sentimentos é imortal e os meus desejos irreais, em teu olhar vivo uma útopia de eterno bem querer, como beija-flor danço à sua volta reverenciando-a, meu universo gira em torno disso, desse viciante malgrado que você me faz tão bem, um inexplicável veneno com o qual eu me delicio e me vicio, nos teus braços vou de juiz a réu, de alto a baixo vou de encontro, vou ao seu encontro, me torno inquisidor e tento te castigar com inúmeras juras de amor que parecem tão verdadeiras e concretas mas em um espaço de um sorriso seu já não teem mais importancia, só você é importante só você faz sentido, me perco, me reencontro, me entrego e me rendo à seu doloroso julgo, a seu luxuriante domínio, são tuas mãos que decidem meus rumos elas me balançam como marionete ao som do realejo, vou de um extremo ao outro em um sôfrego e pecaminoso abrir de sua boca que guarda os malefícios dos quais eu quero morrer, tu sois peçonha, serpente, uma vil traição que caminha entre os homens a enlouquecê-los e a atraí-los para o seu fim, ao abrir dos olhos você já está diante de mim, me julgando culpado, e ao fecha-los no fim da noite tu mais uma vez me inocenta e me restitui em teu envolver sombrio e delicioso, sois o que sois, dúbia, dois caminhos em um só feitiço inesquecível, em teu reino de calamidade,luxúria,maldade e beijos escravizantes um homem só pode encontrar dois destinos, a loucura total que é ousar te amar, ou o tormento de descobrir que não tem escolha à não ser se render a teus infinitos encantos de deusa.