ANTES QUE SEJA CEDO

Eu não pretendo ir adiante nesse avanço em busca do passado

Não quero consumar o traslado, quando parado alcanço a travessia

Olhar pra frente e procurar a nostalgia de um verde desbotado

Não quero o calor de um sol rebuçado e nem a noite que há no dia!

Mil vezes a totalidade do nada que a miserabilidade desse tudo

Antes a luz do íntimo escuro, que a felicidade dessa crise

Mesmo que a ação me paralise, meu grito ainda há de preferir-se mudo

Mesmo que eu traspasse o alto muro e a indiferença me sensibilize!

Que eu não veja nunca mais tudo quanto em ti eternamente avisto

E eu não perceba teu registro nas superfícies de meu coração

Que a cada sim seja escutado um não, que eu fuja do que insisto

Que eu vaticine o imprevisto e esteja cego do que cega-me a razão!

A fim de que tenhamos muito mais do que o algo que tivemos

Mintamos acerca do que fizemos, encorajemos nosso medo

Antes que o óbvio segredo nos obrigue às grades que queremos

Antes de ganharmos no que perdemos e que julguemos que seja cedo!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2881195
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