SEMPRE A MESMA CENA
Dentro do cinema
Lábios se cruzam
Repetindo sempre a mesma cena
Ao som da múisca de Cazuza
Você tira a blusa
Lambuzada de suor
E me pede para amar
Tua flor que cheira sexo
Teu beijo gosto de mel
Pede para noite se tornar infinita
E as estrelas se transformem
Em barcos de papel
Desecendo o riacho de levezinho
Como gaivotas que erguem vôos
Ao pôr-do-sol
Por detrás daquele deserto farol
que se envenena
Repetimos sempre a mesma cena.