Que fizemos dia a dia,
Senão uma armadilha?
Veio o querer em desejo,
O tesão sem nem o beijo.
Queria ter me contido,
Não ter me deixado ser atingida...
Mas me vi presa entre suas garras.
Não fui sem querer,
Fui querendo,
Cada dia querendo mais.
Se fui sua presa,
Também fui sua surpresa.
E no que me condeno,
Entrego-me.
Danação?
Fatal!
Se for do mal,
Que seja!
Se for do bem,
Que bem me faça!
Que de risos em risos,
Acabamos quase sem querer,
Caindo na nossa própria cilada,
Armada por nós dois...