Linhas em Prantos

Quero chorar,

Derramando pelo rosto

Minhas mágoas e indagações

Que nunca obtiveram respostas,

Mas em nem um segundo de vida

Deixei de buscar e sonhar!

Mesmo que eu morra amanhã,

Quero meu pranto

Entre os estreitos do sentimento

Traduzindo cada lágrima

Em poesia de amor,

Calada nos frontes

De dor e paixão!

Eu quero sentir o orvalho

Assim como sinto

Teu afagar prosaico,

Descrevendo o lago do cisne

Como se fossem minhas letras e cores,

Bebendo-te em versos,

Nascidos no peito!

Quero navegar pelo gosto de mar,

Ouvindo-te em sussurros onipresentes,

Em todas as orações compostas

Pelo violeta d’aura latejante,

Trazendo dos jardins o perfume,

A flora dos ébrios enfeitiçados

Pelos dizeres do coração!

Se eu tiver que morrer amanhã

Saiba que morrerei de amor

Pois “te amo” como a terra

Abrigando a semente,

Sublimando do gozo dos elementos

A virtude do bem viver!

Eu te amo!

Auber Fioravante Júnior

30/03/2011

Porto Alegre – RS