Não chames o meu amor de utopia nem surreal
Não chames o meu amor de utopia
nem de coisa sem jeito para quem eu desejo
não me tenhas só por vitória
ou por sobra de fim de tarde
não me tenhas teu Ídolo
oh mortal senhora da beleza
nem me queiras
por seres solteira
reajo mal a quem me insulta
e a quem te corteja sem propósito
não sabes do acaso que me leva a temer o mundo
por te amar mais da conta
sem conta
não inventes desculpas de fim de semana
nem viagens a meio do tempo
não cedas a má língua
ou a paralisia do medo
exprimo sentido
sobre o sentimento
exprimo o amor sobre o teu amar
não digas que te amo por seres beleza
ou por beleza amor eu ser
expiro sobre o tempo correlativo
triangular ou arredondado...
... Que maravilhoso pôr do sol
se derrama no horizonte
olha-o através do medo
no bater que soa o meu coração
tal medo executa a cada compasso na imensa insanidade de te perder
... Teu amor ardente
como o sol poente
aqui regozijo-me por te pensar em mim
a mim
de mim
única!!!
Não chames o meu amor utopia!!
Paulo Martins