“Presente”
(Luiz Henrique)

Habitava de certa maneira o teu passado
Porque eu era objeto do teu desejo futuro
Pena que o tempo implacável me tenha furtado
De ter sido mais cedo, bem antes, teu porto seguro

Fomos habitantes de lugares diferentes
Experimentamos viver em tempos diversos
Mas o mundo espiritual permitiu, entrementes
Que fossemos de vidas outrora passadas emersos

E assim pudesse se confirmar a assertiva
De que as almas gêmeas em algum tempo ou lugar
Enquanto existir fé e amor por perspectiva
Hão ditas almas de – cedo ou tarde - se (re) encontrar

E são essas almas ligadas aos nossos corpos,
- que inexplicavelmente
Fez deflagrar esse tanto de cumplicidade e amor,
- no momento presente