° 'para ele: um desESPERO' °

Aprendi a esperar
Aprendi... Que desESPERO!
Engavetada, em solitária: canto.

Pálida, na gaveta,
Face lamb´linda por poeira,
Ao gozo das traças,
Deitada no pó, até que levanto.

É alta a madrugada
E sibila o vento.
Desarranja e atualiza
Anseios abandonados, na gaveta.

- Que direito tens, VENTO, ensinando-me ousadia dos sonhos?

Que saudades de vossa poesia,
Todavia, mesmo da gaveta, as lia.
Todas, via era pelo ferrolho!

Em versos, mãos, boca, VENTO, convidei-te para sermos:
E tu? Com todo direito preferiste ser, sozinho.

(Volto à gaveta)
ou.voltam.os.sonhos



la u ra
Enviado por la u ra em 30/03/2011
Reeditado em 30/03/2011
Código do texto: T2880228
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