° 'para ele: um desESPERO' °
Aprendi a esperar
Aprendi... Que desESPERO!
Engavetada, em solitária: canto.
Pálida, na gaveta,
Face lamb´linda por poeira,
Ao gozo das traças,
Deitada no pó, até que levanto.
É alta a madrugada
E sibila o vento.
Desarranja e atualiza
Anseios abandonados, na gaveta.
- Que direito tens, VENTO, ensinando-me ousadia dos sonhos?
Que saudades de vossa poesia,
Todavia, mesmo da gaveta, as lia.
Todas, via era pelo ferrolho!
Em versos, mãos, boca, VENTO, convidei-te para sermos:
E tu? Com todo direito preferiste ser, sozinho.
(Volto à gaveta)
ou.voltam.os.sonhos