Enterre nosso amor no fundo do seu coração

Todos os amores que não ocorrem

São reflexos do nosso casto amor

desejoso, de libido irregular

Quer como amante

Mas trata como irmã

As areias do tempo e da irregularidade

Às vezes o afundam, infindáveis metros

E vez em quando uma leve brisa

Ou o fresco hálito da sua boca

Desenterra-o

Desenterra-o para brincar

Como menina

Pura e sensual e

Acariciá-lo levemente

Como as massagistas suecas

No fim de tudo

Peço-lhe ó secreta concubina

Deixe esse amor lá

Bem no fundo do seu coração

Essa paixão não precisa vir à tona

Basta constar no seu peito

Basta emergir raras vezes

em pequenas conversas e atos

em olhares e risos

em minúcias que somente nós saberemos.

Luís Figueiredo
Enviado por Luís Figueiredo em 30/03/2011
Código do texto: T2880156
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