Paris, Uma crónica de tempos futuros…

Todas as canções de amor

Todos os poemas

Deveriam serem escritos por amantes latinos

Em Paris

A cidade universal do Amor

E de lá deveriam partir para o Mundo

E de seguida terem o Cosmos como seu final destino…

E a Torre que ilumina a Humanidade

Deveria ser Eterna

A sua luz deveria ser proibida de se apagar

Deveria ser feito um Decreto Divino

Para ela Para Sempre

Nunca parar de Durar…

Porque houve um tempo em que isso foi real

Houve um tempo perdido no tempo

Em que ela era o centro de Tudo

Mas não agora

Neste presente

Neste meu mundo…

No qual dou comigo a passear

Numa cidade morta

Não sabendo como vim aqui parar…

Mas Sei a Razão

Esse Sentido

Porque Aqui

Neste invólucro urbano e humano vazio

Sei e sinto

Que todos os que passaram por Aqui

De certa forma estão comigo

Quando os seus descendentes, meus contemporâneos

Partiram um dia para as estrelas, para não mais voltar

Esse espécie humana, estranha

Que é a minha

E que tem o hábito estúpido

De que aquilo que ama mais, querer, numa dada altura abandonar…

Porque o brilho dos humanos

Só tem paralelo nas suas irracionalidades e absurdos mudos

Eu vivo a minha contemporaneidade

No fruto desse estado

Eu vivo em

Paris, Uma crónica de tempos futuros…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 30/03/2011
Código do texto: T2879653
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