ESPAÇO CULTIVADO

ESPAÇO CULTIVADO

I

No suave mistério dos espaços, a Terra escura e triste se povoa e nos conduz.

A esperança do homem que sofre todas as suas misérias, desesperanças e destemperanças;

Nos desertos de lágrimas da vida, desabafa, implora ao regaço divino de Jesus,

Que lhe dê mansuetude, alegria, prazer, trabalho nada de ociosidade só esperanças.

II

De dias melhores no orbe de Deus derramando no Além ignorado o trabalho idolatrado.

Vem comigo participar das benesses diamantizadoras e calorosas e fervorosas;

Nem tudo é rosa perfumada na escalada da vida, às vezes somos atraídos pelo inesperado,

Das paragens etéreas e sutis somos obrigados a lutar para sobreviver ao malgrado e as dores danosas.

III

Que faz parte da vida dos nossos irmãos homens mergulhados na rotina combalida.

De um ser imperfeito cheio de trejeitos e alucinações que nos fere o coração;

Tudo é vida, sensação, prazer e devoção que nos inserem no coração como destinação ferida,

Pelas nuances de um sertão hostil, onde o agreste quente da serrania tendo como companhia um irmão.

IV

Divisava a solidão da estrada amarelada de pó, onde o sol causticava os vegetais.

De repente o tempo muda, vem a chuva e brota tudo, desde as bromélias as papoulas e os esguios espinhais;

Sou capaz de cultivar a terra abençoada debaixo de chuvas e trovoada, agradecer a bênção do Senhor.

Que por amor me cativou e aqui estou sorridente e com o coração palpitante de alegria e de fome não sofrerei Jamais.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ACADÊMICO DA ALOMERCE-MEMBRO DA ACI-OFICIAL SUPERIOR DA PMCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 10/11/2006
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