Palavras 0297 - Quando liberto
Quando abro asas renovo meu mundo,
voo sobre sombras azuis, verdes e negras,
nelas, nenhuma esperança ou raio de luz,
só uma vontade danada de desaparecer.
Alço voo do meu domínio e o sol se abre,
as horas não param, mas meu corpo sim,
comungo noutra alma maior, melhor que minha,
onde guardo meus sonhos mais que perfeitos.
Entre nuvens não há tédio nem tempestades,
as estações se misturam aos entusiasmos,
estou em braços que reconhece meu corpo,
não fazemos sonhos, realizamos um sem-fim.
Não aprendi a descrever minha liberdade,
quando livre, minhas cores espalham no rosto,
a alma voa um céu que não sei descrever, mas,
quando volto ao principio, quase apago a realidade.
Abro asas, renovo meu mundo e dou cores,
voo do meu domínio até um sol que se abre,
entre nuvens não há tédio nem tempestades, só céu,
forro, ainda não aprendi a descrever essa liberdade.
30/03/2011