Máquina Humana/Diálogo

Máquina Humana/Diálogo

(Poeta Allan Garrido)

Das veias a qual o sangue corre

A percorrer o seu destino ao coração

Entra oxigenado saindo do pulmão

Os glóbulos vermelhos esvaindo escorre

O ritmo frenético dos batimentos cardíacos

Na junção dos átrios, ventrículos e veia cava

A harmonia perfeita da máquina divina

E o sangue corre esquenta e nunca acaba

O vento a percorrer os alvéolos pulmonares

Levando a ventilação elementar

No cérebro a realização das sinapses

A dança dos neurônios é a vida a pulsar

O equilíbrio perfeito e a regulação hormonal

Vestindo de doses perfeitas,

Nosso corpo é sem igual

O bailar do equilíbrio osmótico

A regulação das nossas loucuras

Um entra e sai danado

Abaixa e sobe a temperatura

No líquido precioso que despejamos

Está um fator sem igual

Diminuindo e aumentando o calibre dos vasos

Passa um rio vermelho sensacional

Diálogo:

No esperado transplante, correu tudo como haviam precisado

O médico operou com sucesso retirou o coração do transplantado

E colocou um novinho em folha, a expecativa cresce acorda o paciente

A família toda nervosa e anciosa o que virá de repente?

Ao abrir os olhos ele devagar sente aquele pulsar

A máquina vermelha enfim voltou a bombear

O sorriso toma conta da sala hospitalar

Que lindo!! Que belo!! é a vida a se aconchegar!!!

Mas um silêncio toma conta do transplantado

- Epa o que esta acontecendo, poxa coitado

O médico errara a cirurgia...

Ele fez tudo certo mas ao final não sabia

Ele tirou o meu coração doente

E colocou o teu coração ausente...