Da própria mentira que eu inventei

Da própria mentira que eu inventei

A cada dia, uma frase a alguém

Olho em olhos e nada sinto

E tudo que sinto transformo e finjo

Não importa a minha consciência

Mesmo que a noite inteira ela teime em me atormentar

Vivo meus dias tal qual pesadelo difícil de acordar

Minha triste e vazia existência

És feliz, eis alguém atreves a perguntar

Um sorriso amarelo dos lábios ressurge e diz sim desviando-lhe o olhar

Sim, e volta na solidão mergulhar

E ali sufoca sonhos e esperanças com medo de despertar

Amei de tal maneira

Idolatrada e descontrolada

Que hoje me vejo prisioneira

Da minha própria cilada

Poetisa Lukka
Enviado por Poetisa Lukka em 29/03/2011
Reeditado em 22/04/2011
Código do texto: T2877928
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