Quem sabe
Numa noite qualquer
Nós nos percamos
Numa dessas curvas
Que muitas vezes
Ousamos percorrer
Até, quem sabe
Nem nos olhemos
Ou talvez,
Encaremo-nos enfim
Quem sabe, talvez continue
E se continuar
Não olharei os ângulos sinuosos
Pois é certo que te perderei
Também é um viajante
Tão a procura de qualquer coisa
Assim, feito eu
Então nos distanciaremos
E já não conhecerei seus braços
Nem reconhecerei seus abraços
Aquele beijo nunca beijado
Será a lágrima por ter perdido o tempo