Palavras 0295 - Vida e morte

Que a vida me perdoe, mas não me vendo,

às vezes repouso numa saudade louca,

são pedaços que a felicidade deixou comigo,

remendo os dias para me sentir inteiro.

O passado é só uma pequena armadilha,

não persisto nos enganos pro amanhã,

se existe o hoje, ouso caminhar minhas ruas,

meu destino tem pés fortes e seguros.

Dos pecados nada sei, nada tenho a declarar,

o tempo avança lento as minhas idades,

não existe sorte, somos apenas coincidência

de atos de amor ou noites fantasiadas.

A esperança não é o fim, nem deve existir,

durmo em paz em um colo quente de carinho,

dizem, quem ama não morre jamais,

que a morte me perdoe e que a vida me carregue.

26/03/2011

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 29/03/2011
Código do texto: T2877302
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