Voragem
Sopro de vento
que traz o Outono,
traga-me o verso fugídio
da paixão no Estio.
Sinto tua falta
mulher recém chegada.
Aflige-me tua ausência
e essa minha carência.
Não serei teu amigo,
pois te quero inteira;
corpo e alma que desejo,
sem vestir-me de pejo.
Saber o teu corpo
e beber de tua alma.
Percorrer-te labirinto
e perder-me na voragem crua
de tua imagem nua.