AH...CIGANA...COMO É BOM
TE AMAR !!!
Seu rosto estava ali...e seus cabelos
longos, negros e revoltos
eram agora uma moldura que meus
olhos descobriam
como se fosse a primeira vez de nosso
furtivo encontro.
Seus olhos escuros estavam sempre
pousados nos meus
e nossos beijos nunca queriam esperar
um anoitecer,
porque era no brilho de um pôr de sol
que ela extasiava.
E entao, seus sentimentos transbordavam
como em taça
de champanhe efervescente,
e ela logo ia me abraçando vivamente,
sussurando palavras de mansinho.
Sabe meu amor...que eu nem sei direito
como você é?
Mas eu a abraçava com efusão
sentindo em mim
esse seu peito aberto e quente onde
migravam meus olhares,
e ao mesmo tempo todas as minhas
vontades escondidas
por semanas e semanas, sem que ao
menos nos tivéssemos visto,
e nem um beijo sequer trocado.
Mas...afinal o que importava essa
passagem do tempo
se nosso amor já se encrustrara
definitivamente
como pérola numa ostra?
E se nosso amor crescera tanto que
de vulcão se transformara
em um grande lago espelhado onde
enxergávamos...nosso próprio querer
de mãos dadas ?
Nisso ...uma brisa suave chegou...
e moveu seus cabelos
negros de cigana...essa mulher linda
especializada em ler o meu destino.
Logo... ela me disse: Dá-me tua mão...
quero ler as tuas linhas.
E enquanto fazia coceguinhas na
minha mão...
ela ia lendo...lendo...lendo...como
se lesse toda a minha vida,
aquela já vivida e a por viver.
Depois...tendo dito quase tudo,
ela seguiu pela
linha mais visível e longa de minha mão,
aquela que cruza formando
a grande forquilha...e me disse:
há uma mulher
que te ama tanto...mas tanto...
que você
mesmo nem sabe o tanto.
Em seguida... eu beijei a palma de
sua mão esquia,
de uma forma tão gentil...e segura,
que logo soube
que essa mulher, de olhos de gitana,
era mesmo a minha amada.
Ah...essa gitana...hermosa !
Segurei sua mão...e a beijei de novo
como nunca antes a havia beijado.
Ah...essa sua mão direita...
que me ensinava
o destino...de que um grande amor
estava acontecendo de verdade !
Então a abracei...e sabia agora que
ela era aquela mulher
amada que ela mesma encontrara
na oblíqua linha de minha mão.
E não resistindo mais à nossa
própria atração...
nossos corpos se juntaram ainda
mais...
e num vento que anunciava a noite,
e desmanchava nossos cabelos...
aconteceu o nosso beijo mais
profundo.
Aquele beijo que selaria em nós...
um para sempre
de nosso emergente amor !
Ah..cigana...como é bom te amar !!!
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Autor : Cássio Seagull
Poesia que fiz em 27-03-11 às 23h em SP
Lua minguante - sol - 25 graus
Beijos e abraços para você...Boa terça
cseagull2@hotmail.com
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