soneto imperfeito de amor
Nunca houve um amor como esse
Com tamanha entrega e sentido.
Um corpo com o outro comprometido.
Numa fé. Ainda que ninguém cresse
Que tal amor, tenha existido.
Amaram-se como se nunca mais pudesse
Suas bocas, sentir o sabor que desse
Pela madrugada, em amor perdido.
E esses amantes, em tudo diferente,
Trazem nas veias o sangue mais quente,
Que a seiva de estanho derretido.
Pois em tais peitos, bate uma brasa ardente,
Que incendeia o corpo e a mente.
Queimando no inconsciente o desejo reprimido.