...até agora
Venho me vendo tão menino por causa dela.
Escrevo o que escrevo,
canto o que canto,
sou gato,
gatuno,
poeta que espera à janela a presença da bela.
Venho sendo uma antítese...
sempre a fui, mas agora é dum modo certinho,
um antagonismo que me leva às margens da pieguice,
uma coceira estranha cá dentro do peito,
uma vontade de fumar
para que através da fumaça efêmera,
possa chegar-me e aconchegar-me aos alvos seios da minha bela.
Venho observando;
não sou mais infinitivo.
Venho, sempre.
Ela, não... até agora.