A virgem...

Ó irrequieta virgem de corpo tão belo,

fecha os cílios dos teus olhos e não me traz donzelo,

porque de ti quero provar-te a carne toda.

O que do teu olhar penetra-me, assusta-me,

Chega a bater mais forte o coração no peito,

Igual a quando na alma eu sinto o teu beijo tão doce.

Ouço a incompreensão do teu coração

que não me traduz ao teu amor meus dialetos

e a sofrer te espero de olhos bem abertos,

atiçando a querer-te,tu, essa imaculada boa e bela.

Desnuda-te e dá-me a flor que dorme em tuas virilhas,

prova do meu mais puro mel, corre em minha carne,

porque ao olhar-te, virgem,fico eu tão louco

e por tantas vezes, desassistido, de mim nada tu queres...