Ah! Se Eu Namorasse a Presidenta!
Eu sou uma pessoa que não consegue viver sem estar apaixonado. Eu preciso estar permanentemente apaixonado. Pois, ontem, enquanto eu estava refletindo sobre esta minha doença da paixão, comecei a formular um plano de segurança para o caso de me desapaixonar da atual e presente destinatária da minha exagerada paixão. Então, parti para a elaboração de uma lista de possíveis vítimas e comecei, é lógico, pela Gisele. Sim, a Bünchen. Que outra Gisele neste mundo seria digna de sentimento tão poderoso como o meu, quando me apaixono? Não! A Gisele está casada, tem filhotinho ao pé e, além disto, não costumo me apaixonar por mulheres comprometidas. Ainda me sobraram alguns poucos princípios e um dos que mais preservo é o respeito pelas pessoas que já têm companheiro. Sempre fui assim: se a mulher estivesse ligada a um homem, por qualquer forma de relacionamento de macho e fêmea, eu já saltava fora. Mesmo se ela fosse a maior oferecida, que ficasse, apesar do compromisso, me dando mole, eu respeitava o homem dela, porque nunca fiz e nunca farei para os outros, o que “já" fizeram para mim. Como é mesmo aquela risadinha da Internet? Rsrsrsrsrsrsrsrs. Pois é...Como eu estava contando, a Gisele eu fui obrigado a descartar.
Então, depois de fazer desfilarem para mim, na passarela da minha mente doente pelo excesso de apaixonamento, a Angelina Jolie e tantas outras coisinhas lindas, eu pensei: E se eu me apaixonar pela nossa Presidenta da República? Ué?, me perguntei: e por que não? Ela está solteirinha da Silva e bem bonitona, principalmente depois que mandou retirarem as suas “bolsinhas” de sob os olhos. Além do mais está muito elegante ultimamente e parece que tem apenas trinta anos ( fiquei numa ciumeira bárbara, quando a vi de mãos dadas com o Barack). Depois passou. Logo que eu o vi pelas costas, passou. Ele não conseguiu levar no bico do US ONE a nossa Presidenta, como gosta que nos refiramos a ela.
Bueno! Como eu já sabia que estava com todos os meus pensamentos degravados, em poder da ABIN, e eu enterrado até o pescoço, resolvi elegê-la como a minha “paixão de segurança”. Bota segurança nisto. E esta seria de “Segurança Nacional”, o que não é pouca coisa para um apaixonado proletário como eu ( e esta seria uma grande carta na manga em meu favor, pelas origens e história dela).
Porém, quando eu fui dar início ao planejamento estratégico de como me aproximar dela em caso de necessidade, ah! Aí o “bicho pegou”. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a dúvida sobre a quem eu deveria me dirigir: se à Mulher, ou à Presidenta. Se fosse à Mulher, de que canais de comunicação eu poderia me valer para fazer chegar o meu interesse ao seu conhecimento: Telegráfo? PX?Telex? Fax? Cartinha? E-Mail, ou recado pelo Lula? Esta era uma boa idéia, pois, como um dos fundadores do Partido no meu estado eu acumulei muitas divisas ( não confundir com “divi$a$”) ao longo destes trinta e poucos anos. Sei que ele não se negaria a me dar uma forcinha. Mas,ainda restava o seguinte problema: como ter a sorte de aproveitar a coincidência de uma visita do Lula e esposa, para mandar um bilhete. Sabia sabia que seria difícil o alinhamento dos astros justamente nos poucos segundos em que a Presidenta estivesse na condição de Mulher comum - Apesar de saber que ela nunca foi e nunca será uma Mulher comum, porque já nasceu incomum - e foi por isto que eu a elegi duplamente: para minha Presidenta e para minha Paixão de Segurança - para que o emissário pudesse entregar o meu respeitoso pedido de namoro.
Bem...começou o meu grande Dilema, palavra muito apropriada, porque basta tirarmos a letra “e” que o nome dela aparece esplendoroso ( sentiram como sou? Já estou começando a balançar e sentir os primeiros sintomas da minha paixonite, mesmo antes de ter acabado a outra. É que sou prevenido, mesmo!),
Dilema! Ah! Que dilema...Dirigir-me à Mulher, ou a Presidenta? À Presidenta, ou à Mulher? Como não havia outra saída, eu teria que avaliar as duas possibilidades. À Mulher eu já havia descoberto que era complicadíssimo, então resolvi deixá-la de lado enquanto eu analisava a possibilidade de confessar a minha paixão e os meios que poderiam ser possíveis de pedir a mão da Presidenta em namoro. Logo “de cara”, eu vi que a segunda opção era tão terrível quanto a primeira, mas, eu precisava pensar, mesmo sabendo que estava com os pensamentos grampeados. Ferrado, ferrado e meio!
Eu nunca tive medo de me apaixonar por Mulher alguma em função das suas profissões – e este é um problema para as coitadas das médicas, Juízas, Policiais, etc...porque os homens fracos têm medo de aproximarem-se delas. Sendo assim, desafiei o pessoal da espionagem telepática e segui conjecturando sobre os meios para a aproximação. Neste ponto eu me confundi todo quanto às duas opções: à Mulher ou à Presidenta. Se escolhesse à Mulher seria muito difícil conseguir fazer com que ela descobrisse que eu existia e que estava apaixonado, mas, e à Presidenta? Ai...Ai...Ai...A própria Comandante-em-Chefe ( será que ela não prefere “Comandanta”? Vou ter que descobrir) das Forças Armadas. Se eu conseguisse, seria a maior derrota que as nossas armas jamais teriam sofrido. Já pensaram, um operário de “Primeiro Namorado” da Presidenta da República e Posto Maior do Exército, Marinha e Aeronáutica?
Nó sinhora, como dizem lá nas deliciosas Minas Gerais, onde ela nasceu. Mas, voltando aos meios de chegar a ela como Presidenta, eu me dei por conta do seguinte: e, se o fato dela ser a Autoridade máxima da Nação exigir que, para pedi-la em namoro eu precisasse participar de uma Licitação Pública? Se fosse, de qual modalidade seria? E de que critérios se valeriam para definir a modalidade? Do valor dela? Então eu teria que participar de uma Concorrência Pública, e, aí, meus Amigos, eu nem participaria porque não tenho nem firma e, mesmo que eu conseguisse abrir uma, já pensaram no que aconteceria na hora da abertura dos envelopes pela Comissão de Licitações? Alguém iria impugná-la por conta de que não poderiam abrir o meu envelope por que o governo estaria ameaçado de sofrer processo por quebra de sigilo de correspondência. Se tornaria inviável tal Licitação.
Mas, e se ela, a Mulher, fizesse um lobby junto à Governanta (por este termo eu sei que ela adoraria ser chamada, porque a aproximaria mais de nós e ela fica muito feliz pertinho dos pobres) e a convencesse de que as duas deveriam arriscarem-se a aceitar a minha paixão? Será que teria que lançar mãos de uma Medida Provisória para a liberação da minha entrada no Palácio para namorar com ela? Será que o Senado Aprovaria? E que artigos e parágrafos e não sei mais o que preveria esta Medida para regrar o nosso namoro? Já imaginaram o Relator defendendo a Medida? E que loucura seriam os debates entre a base “namorista” do governo e a oposição dos hipócritas? “Ai Mo deuso! Mesmo que aprovassem, porque temos maioria, com certeza os engraçadinhos iriam fazer com que eu tivesse que agendar as visitas com um bando de concorrentes ciumentos da Casa Civil, que só se aproximam dela para tentar roubar poder e não por paixão, como eu.
Por outro lado, como eu não me entrego facilmente, porque sou mescla de Basco com Gaúcho, me enterrei ainda mais perante os espiões de pensamentos, quando comecei a imaginar como seria o nosso namoro, com aquele monte de chás-de-oliva nos cuidando ( nos tempos da repressão dos pais e irmãos e da minha mãe, eram chamados de chás-de-pera) e controlando cada movimento através de um montão de câmeras que devem haver espalhadas por lá. Nem no escuro adiantaria, porque eles usam infra-vermelho. Teríamos que namorar apenas politicamente. Se bem que seria um namoro bem interessante, porque eu poderia cochichar várias palavras que dificilmente chegam aos seus ouvidos– que provavelmente devem contar com escutas embutidas, implantadas por eles quando ela foi sedada para fazer a plástica, para que pudessem garantir o acesso a informações caso ela fosse eleita.
Eu diria romanticamente : Amorzinho! Por que tu não encaminhas uma Lei de Prisão Perpétua para todos os corruptos cara-de-pau e os corruptores sem face do Brasil? Isto sim seria um verdadeiro PAC, que aceleraria o país ao máximo da velocidade. Não teria para Chinês, nem Indiano e nem para ninguém.
Como seria bacana este namoro político! Quantas palavras de Amor pelo nosso povo poderíamos trocar. Que maravilha seria envolvermos os estudantes do Direito e os recursos do IBGE - que gasta milhões contando a população e até os cães, não se sabe direito com que finalidade - para que realizassem um “lacto” e profundo Senso no sistema penitenciário brasileiro, para levantar os perfis e classificar os prisioneiros por profissão. Não para descobrir, mas para confirmar que temos ótimos profissionais de todas as profissões e que poderiam tornar auto-sustentável o Sistema Penitenciário ao serem direcionados para a construção de Escolas; do mobiliário escolar, hospitalar e para aproveitamento na manutenção das frotas estaduais, municipais e federais; bem como na recuperação e construção de estradas, em sistema cooperativado, para se auto-sustentarem e ainda mandarem dinheiro para suas os seus, dos quais estariam mais próximos, porque cada um seria devolvido cada um ao seu próprio município, que não soube educá-los, em presídios pequenos. É facilmente possível imaginar os efeitos nas suas reeducações, pela satisfação que sentirão trabalhando para as crianças e doentes, além das suas próprias famílias.
Ah! Há tantas palavras românticas que eu poderia dizer. Como eu gostaria de sussurrar, bem baixinho que qualquer modelo de Reforma Política, deve passar pela “Responsabilização dos Partidos” pelos atos dos políticos que indicam, dão fé e recomendam, em nome de suas “bandeiras” e siglas, ao povo que vote em muitos dos que, depois de eleitos e em pleno exercício dos seus mandatos-bandidos que ao terem sua bandidez revelada, como em atos de peças de teatro, apenas os expulsam dos partidos e não assumem nada da responsabilidade por terem nos indicado os salafrários. Eu diria à minha namorada-Presidenta que, na reforma política, deve ser prevista a responsabilização política e Jurídica dos partidos pelos candidatos a quem permitem concorrer em seus nomes – e, inclusive, com o ressarcimento, por parte do partido, dos prejuízos causados pelos desonestos ao Estado e, mais ainda, indisponibilidade dos bens de todos os membros dos Diretórios. Assim, os partidos vão selecionar os seus candidatos e, quando aparecer um ficha-suja, os responsáveis dirão: Não, fulano! tu não podes concorrer pelo nosso partido, porque tu poderás fechá-lo, quebrá-lo financeiramente e a nós, do Diretório, que poderemos até ir presos juntos contigo.
Ah! Eu sinto uma lástima tão grande, neste momento, porque acabo de despertar do meu sonho de que poderia de ser o “Primeiro Namorado” da República para contar-lhe o quanto o Povo confia e torce para que ela consiga, ao cumprir sua Missão, sair do governo para permanecer, para sempre, nas memórias das nossas famílias, como a Primeira “Maedatária” do Brasil.
Sei que é quase impossível mas vou seguir me preparando, através do registro dos meus carinhos, para o caso de conseguir encontrar o meio de fazer o meu convite para que ela seja minha namorada política no caso de que eu seja surpreendido pela atual e necessite lançar mãos à minha Paixão de Segurança.
Conforme a carroça for andando, eu vou informando a todos da situação, com muito cuidado porque, pela posição e responsabilidades dela, este namoro não poderá ter muita transparência, pois, do contrário, a oposição já vai se utilizar disto e, certamente, a acusará de “falta de Decoro Presidencial” e poderão, até, pedir o Impeachment do nosso namoro... Eu até já ando, para me precaver, pensando em garantir um asilo porque as forças dos que não conseguem apaixonarem-se poderão, só por inveja, me prender e levar aos porões da Granja para me “entortarem a pau” e me fazerem confessar que a minha Paixão pela Presidenta é falsa e que andei espalhando assuntos sigilosos do nosso Namoro Político. Prometo que conto a vocês, mas, não tudo, porque a parte que toca às minhas fantasias políticas eu me nego até a pensar, porque aí, sim, eu me tornaria um neodesaparecido ! Certo? Me aguardem!
( Aldo Urruth )
Eu sou uma pessoa que não consegue viver sem estar apaixonado. Eu preciso estar permanentemente apaixonado. Pois, ontem, enquanto eu estava refletindo sobre esta minha doença da paixão, comecei a formular um plano de segurança para o caso de me desapaixonar da atual e presente destinatária da minha exagerada paixão. Então, parti para a elaboração de uma lista de possíveis vítimas e comecei, é lógico, pela Gisele. Sim, a Bünchen. Que outra Gisele neste mundo seria digna de sentimento tão poderoso como o meu, quando me apaixono? Não! A Gisele está casada, tem filhotinho ao pé e, além disto, não costumo me apaixonar por mulheres comprometidas. Ainda me sobraram alguns poucos princípios e um dos que mais preservo é o respeito pelas pessoas que já têm companheiro. Sempre fui assim: se a mulher estivesse ligada a um homem, por qualquer forma de relacionamento de macho e fêmea, eu já saltava fora. Mesmo se ela fosse a maior oferecida, que ficasse, apesar do compromisso, me dando mole, eu respeitava o homem dela, porque nunca fiz e nunca farei para os outros, o que “já" fizeram para mim. Como é mesmo aquela risadinha da Internet? Rsrsrsrsrsrsrsrs. Pois é...Como eu estava contando, a Gisele eu fui obrigado a descartar.
Então, depois de fazer desfilarem para mim, na passarela da minha mente doente pelo excesso de apaixonamento, a Angelina Jolie e tantas outras coisinhas lindas, eu pensei: E se eu me apaixonar pela nossa Presidenta da República? Ué?, me perguntei: e por que não? Ela está solteirinha da Silva e bem bonitona, principalmente depois que mandou retirarem as suas “bolsinhas” de sob os olhos. Além do mais está muito elegante ultimamente e parece que tem apenas trinta anos ( fiquei numa ciumeira bárbara, quando a vi de mãos dadas com o Barack). Depois passou. Logo que eu o vi pelas costas, passou. Ele não conseguiu levar no bico do US ONE a nossa Presidenta, como gosta que nos refiramos a ela.
Bueno! Como eu já sabia que estava com todos os meus pensamentos degravados, em poder da ABIN, e eu enterrado até o pescoço, resolvi elegê-la como a minha “paixão de segurança”. Bota segurança nisto. E esta seria de “Segurança Nacional”, o que não é pouca coisa para um apaixonado proletário como eu ( e esta seria uma grande carta na manga em meu favor, pelas origens e história dela).
Porém, quando eu fui dar início ao planejamento estratégico de como me aproximar dela em caso de necessidade, ah! Aí o “bicho pegou”. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a dúvida sobre a quem eu deveria me dirigir: se à Mulher, ou à Presidenta. Se fosse à Mulher, de que canais de comunicação eu poderia me valer para fazer chegar o meu interesse ao seu conhecimento: Telegráfo? PX?Telex? Fax? Cartinha? E-Mail, ou recado pelo Lula? Esta era uma boa idéia, pois, como um dos fundadores do Partido no meu estado eu acumulei muitas divisas ( não confundir com “divi$a$”) ao longo destes trinta e poucos anos. Sei que ele não se negaria a me dar uma forcinha. Mas,ainda restava o seguinte problema: como ter a sorte de aproveitar a coincidência de uma visita do Lula e esposa, para mandar um bilhete. Sabia sabia que seria difícil o alinhamento dos astros justamente nos poucos segundos em que a Presidenta estivesse na condição de Mulher comum - Apesar de saber que ela nunca foi e nunca será uma Mulher comum, porque já nasceu incomum - e foi por isto que eu a elegi duplamente: para minha Presidenta e para minha Paixão de Segurança - para que o emissário pudesse entregar o meu respeitoso pedido de namoro.
Bem...começou o meu grande Dilema, palavra muito apropriada, porque basta tirarmos a letra “e” que o nome dela aparece esplendoroso ( sentiram como sou? Já estou começando a balançar e sentir os primeiros sintomas da minha paixonite, mesmo antes de ter acabado a outra. É que sou prevenido, mesmo!),
Dilema! Ah! Que dilema...Dirigir-me à Mulher, ou a Presidenta? À Presidenta, ou à Mulher? Como não havia outra saída, eu teria que avaliar as duas possibilidades. À Mulher eu já havia descoberto que era complicadíssimo, então resolvi deixá-la de lado enquanto eu analisava a possibilidade de confessar a minha paixão e os meios que poderiam ser possíveis de pedir a mão da Presidenta em namoro. Logo “de cara”, eu vi que a segunda opção era tão terrível quanto a primeira, mas, eu precisava pensar, mesmo sabendo que estava com os pensamentos grampeados. Ferrado, ferrado e meio!
Eu nunca tive medo de me apaixonar por Mulher alguma em função das suas profissões – e este é um problema para as coitadas das médicas, Juízas, Policiais, etc...porque os homens fracos têm medo de aproximarem-se delas. Sendo assim, desafiei o pessoal da espionagem telepática e segui conjecturando sobre os meios para a aproximação. Neste ponto eu me confundi todo quanto às duas opções: à Mulher ou à Presidenta. Se escolhesse à Mulher seria muito difícil conseguir fazer com que ela descobrisse que eu existia e que estava apaixonado, mas, e à Presidenta? Ai...Ai...Ai...A própria Comandante-em-Chefe ( será que ela não prefere “Comandanta”? Vou ter que descobrir) das Forças Armadas. Se eu conseguisse, seria a maior derrota que as nossas armas jamais teriam sofrido. Já pensaram, um operário de “Primeiro Namorado” da Presidenta da República e Posto Maior do Exército, Marinha e Aeronáutica?
Nó sinhora, como dizem lá nas deliciosas Minas Gerais, onde ela nasceu. Mas, voltando aos meios de chegar a ela como Presidenta, eu me dei por conta do seguinte: e, se o fato dela ser a Autoridade máxima da Nação exigir que, para pedi-la em namoro eu precisasse participar de uma Licitação Pública? Se fosse, de qual modalidade seria? E de que critérios se valeriam para definir a modalidade? Do valor dela? Então eu teria que participar de uma Concorrência Pública, e, aí, meus Amigos, eu nem participaria porque não tenho nem firma e, mesmo que eu conseguisse abrir uma, já pensaram no que aconteceria na hora da abertura dos envelopes pela Comissão de Licitações? Alguém iria impugná-la por conta de que não poderiam abrir o meu envelope por que o governo estaria ameaçado de sofrer processo por quebra de sigilo de correspondência. Se tornaria inviável tal Licitação.
Mas, e se ela, a Mulher, fizesse um lobby junto à Governanta (por este termo eu sei que ela adoraria ser chamada, porque a aproximaria mais de nós e ela fica muito feliz pertinho dos pobres) e a convencesse de que as duas deveriam arriscarem-se a aceitar a minha paixão? Será que teria que lançar mãos de uma Medida Provisória para a liberação da minha entrada no Palácio para namorar com ela? Será que o Senado Aprovaria? E que artigos e parágrafos e não sei mais o que preveria esta Medida para regrar o nosso namoro? Já imaginaram o Relator defendendo a Medida? E que loucura seriam os debates entre a base “namorista” do governo e a oposição dos hipócritas? “Ai Mo deuso! Mesmo que aprovassem, porque temos maioria, com certeza os engraçadinhos iriam fazer com que eu tivesse que agendar as visitas com um bando de concorrentes ciumentos da Casa Civil, que só se aproximam dela para tentar roubar poder e não por paixão, como eu.
Por outro lado, como eu não me entrego facilmente, porque sou mescla de Basco com Gaúcho, me enterrei ainda mais perante os espiões de pensamentos, quando comecei a imaginar como seria o nosso namoro, com aquele monte de chás-de-oliva nos cuidando ( nos tempos da repressão dos pais e irmãos e da minha mãe, eram chamados de chás-de-pera) e controlando cada movimento através de um montão de câmeras que devem haver espalhadas por lá. Nem no escuro adiantaria, porque eles usam infra-vermelho. Teríamos que namorar apenas politicamente. Se bem que seria um namoro bem interessante, porque eu poderia cochichar várias palavras que dificilmente chegam aos seus ouvidos– que provavelmente devem contar com escutas embutidas, implantadas por eles quando ela foi sedada para fazer a plástica, para que pudessem garantir o acesso a informações caso ela fosse eleita.
Eu diria romanticamente : Amorzinho! Por que tu não encaminhas uma Lei de Prisão Perpétua para todos os corruptos cara-de-pau e os corruptores sem face do Brasil? Isto sim seria um verdadeiro PAC, que aceleraria o país ao máximo da velocidade. Não teria para Chinês, nem Indiano e nem para ninguém.
Como seria bacana este namoro político! Quantas palavras de Amor pelo nosso povo poderíamos trocar. Que maravilha seria envolvermos os estudantes do Direito e os recursos do IBGE - que gasta milhões contando a população e até os cães, não se sabe direito com que finalidade - para que realizassem um “lacto” e profundo Senso no sistema penitenciário brasileiro, para levantar os perfis e classificar os prisioneiros por profissão. Não para descobrir, mas para confirmar que temos ótimos profissionais de todas as profissões e que poderiam tornar auto-sustentável o Sistema Penitenciário ao serem direcionados para a construção de Escolas; do mobiliário escolar, hospitalar e para aproveitamento na manutenção das frotas estaduais, municipais e federais; bem como na recuperação e construção de estradas, em sistema cooperativado, para se auto-sustentarem e ainda mandarem dinheiro para suas os seus, dos quais estariam mais próximos, porque cada um seria devolvido cada um ao seu próprio município, que não soube educá-los, em presídios pequenos. É facilmente possível imaginar os efeitos nas suas reeducações, pela satisfação que sentirão trabalhando para as crianças e doentes, além das suas próprias famílias.
Ah! Há tantas palavras românticas que eu poderia dizer. Como eu gostaria de sussurrar, bem baixinho que qualquer modelo de Reforma Política, deve passar pela “Responsabilização dos Partidos” pelos atos dos políticos que indicam, dão fé e recomendam, em nome de suas “bandeiras” e siglas, ao povo que vote em muitos dos que, depois de eleitos e em pleno exercício dos seus mandatos-bandidos que ao terem sua bandidez revelada, como em atos de peças de teatro, apenas os expulsam dos partidos e não assumem nada da responsabilidade por terem nos indicado os salafrários. Eu diria à minha namorada-Presidenta que, na reforma política, deve ser prevista a responsabilização política e Jurídica dos partidos pelos candidatos a quem permitem concorrer em seus nomes – e, inclusive, com o ressarcimento, por parte do partido, dos prejuízos causados pelos desonestos ao Estado e, mais ainda, indisponibilidade dos bens de todos os membros dos Diretórios. Assim, os partidos vão selecionar os seus candidatos e, quando aparecer um ficha-suja, os responsáveis dirão: Não, fulano! tu não podes concorrer pelo nosso partido, porque tu poderás fechá-lo, quebrá-lo financeiramente e a nós, do Diretório, que poderemos até ir presos juntos contigo.
Ah! Eu sinto uma lástima tão grande, neste momento, porque acabo de despertar do meu sonho de que poderia de ser o “Primeiro Namorado” da República para contar-lhe o quanto o Povo confia e torce para que ela consiga, ao cumprir sua Missão, sair do governo para permanecer, para sempre, nas memórias das nossas famílias, como a Primeira “Maedatária” do Brasil.
Sei que é quase impossível mas vou seguir me preparando, através do registro dos meus carinhos, para o caso de conseguir encontrar o meio de fazer o meu convite para que ela seja minha namorada política no caso de que eu seja surpreendido pela atual e necessite lançar mãos à minha Paixão de Segurança.
Conforme a carroça for andando, eu vou informando a todos da situação, com muito cuidado porque, pela posição e responsabilidades dela, este namoro não poderá ter muita transparência, pois, do contrário, a oposição já vai se utilizar disto e, certamente, a acusará de “falta de Decoro Presidencial” e poderão, até, pedir o Impeachment do nosso namoro... Eu até já ando, para me precaver, pensando em garantir um asilo porque as forças dos que não conseguem apaixonarem-se poderão, só por inveja, me prender e levar aos porões da Granja para me “entortarem a pau” e me fazerem confessar que a minha Paixão pela Presidenta é falsa e que andei espalhando assuntos sigilosos do nosso Namoro Político. Prometo que conto a vocês, mas, não tudo, porque a parte que toca às minhas fantasias políticas eu me nego até a pensar, porque aí, sim, eu me tornaria um neodesaparecido ! Certo? Me aguardem!
( Aldo Urruth )