De Borboleta à Lagarta...
Fui lagarta... Transformei-me em borboleta!
Fui bela e embelezei o mundo! E como!
Possuía as cores do Arco-Íris,
Cintilava ao sol e ao luar...
Possuía uma particularidade:
Era uma borboleta que cantava!...
Fui diferente das outras, das demais...
Mas hoje, por capricho desta vida,
Quis voltar a ser lagarta, muito feia.
Voltei ao que sobrou do meu casulo
Procurando no Princípio o que é Fim...
Quebrei as asas ao voltar à casa escura
De onde não vou evoluir para nascer.
Mas... Onde ficarei só, bem escondida,
Muda... Até à hora de morrer...
(Pois sem teu amor não há mais Borboleta:
Só esta vontade de desaparecer!...)
“Tu és feito de pó e ao pó voltarás!”
E assim nós vamos morrer...
E lá, no Etéreo Celeste deste Céu,
Ficarei quieta, muito quieta, esperando
A hora em que tu fores!...
E aí virei e pegarei a tua mão.
- E não sentirás medo do desconhecido
E eu qual Borboleta, mágica, encantada,
Te levarei ao cimo das montanhas
Onde conhecerás e viverás, sem quaisquer peias,
Este amor que te faz falta e pelo qual pranteias!...