De Borboleta à Lagarta...

Fui lagarta... Transformei-me em borboleta!

Fui bela e embelezei o mundo! E como!

Possuía as cores do Arco-Íris,

Cintilava ao sol e ao luar...

Possuía uma particularidade:

Era uma borboleta que cantava!...

Fui diferente das outras, das demais...

Mas hoje, por capricho desta vida,

Quis voltar a ser lagarta, muito feia.

Voltei ao que sobrou do meu casulo

Procurando no Princípio o que é Fim...

Quebrei as asas ao voltar à casa escura

De onde não vou evoluir para nascer.

Mas... Onde ficarei só, bem escondida,

Muda... Até à hora de morrer...

(Pois sem teu amor não há mais Borboleta:

Só esta vontade de desaparecer!...)

“Tu és feito de pó e ao pó voltarás!”

E assim nós vamos morrer...

E lá, no Etéreo Celeste deste Céu,

Ficarei quieta, muito quieta, esperando

A hora em que tu fores!...

E aí virei e pegarei a tua mão.

- E não sentirás medo do desconhecido

E eu qual Borboleta, mágica, encantada,

Te levarei ao cimo das montanhas

Onde conhecerás e viverás, sem quaisquer peias,

Este amor que te faz falta e pelo qual pranteias!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 27/03/2011
Código do texto: T2872879
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