VEM

Vem,

Será demais pedir que me ames?

És tão doce, em tuas carícias,

Que saem de tuas mãos cheirando a amor,

Sabendo ao mel que guardas em ti.

Só eu sei ninguém mais é sabedor

Deste teu segredo que é teu e meu.

Escorre de ti porque me amas, porque me queres,

Brota e corre como pequeno regato

Audacioso para sua timidez.

Regato que serpenteia e engrossa suas águas

Quando correm mais depressa em seu leito,

Ao sabor da cachoeira que o espera e chama,

Cheia de desejos para te abraçar e

Unidos seguir nessa correnteza sem freio e sem prisões.

Corre livre, o amor livre sobre a terra e pedras,

Como passarinho a voar, borboleta a borboletear

Beija flor a beijar sua amada flor... vem me amar...

Ansiosa espero e ouso te apressar

Para conhecer do que tu gostas e te satisfaz

Não me deixa esperar...

Vem correndo para os meus braços,

Seios e ventre fremem gemidos quase mudos

Parecendo mais um queixume...

É evidente a falta que tu me fazes

Transparece até o âmago

A ânsia de te aprisionar corpo e alma

Ter-te braços e pernas entrelaçados

Bocas unidas, lábios colados...

Perder os sentidos, morrer de amor.

Vitoria Moura 26/03/2011

Ma Vie

Ma Vie
Enviado por Ma Vie em 26/03/2011
Código do texto: T2872341
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