LÁGRIMAS
LÁGRIMAS
A face nas lágrimas desenhada
como fonte cristalina de trilha marcada,
o medo suprimido pelo amor,
feito menino entregando-me sua dor.
Foi assim que o vi daquela vez,
atirando-se aos meus braços outra vez.
A pureza daquele olhar molhado,
atingindo minha alma feito cajado.
Despertando gigantesca onda de amor
que transpõe montanhas, se preciso for.
Aquele rosto amado,
de onde o sorriso foi arrancado...
Olhos que com tanto amor eu beijei
refletindo agora a tristeza que bem sei,
fruto da alma ferida
na flecha impiedosa da vida.
Vem amor, deixa-me tua dor arrancar,
e as tuas lágrimas enxugar,
nos meus lábios venha teu pranto morrer
e no meu olhar teu sonho renascer!
Lídia Sirena Vandresen
29-01-09