LÁGRIMAS

LÁGRIMAS

A face nas lágrimas desenhada

como fonte cristalina de trilha marcada,

o medo suprimido pelo amor,

feito menino entregando-me sua dor.

Foi assim que o vi daquela vez,

atirando-se aos meus braços outra vez.

A pureza daquele olhar molhado,

atingindo minha alma feito cajado.

Despertando gigantesca onda de amor

que transpõe montanhas, se preciso for.

Aquele rosto amado,

de onde o sorriso foi arrancado...

Olhos que com tanto amor eu beijei

refletindo agora a tristeza que bem sei,

fruto da alma ferida

na flecha impiedosa da vida.

Vem amor, deixa-me tua dor arrancar,

e as tuas lágrimas enxugar,

nos meus lábios venha teu pranto morrer

e no meu olhar teu sonho renascer!

Lídia Sirena Vandresen

29-01-09

Lídia Sirena
Enviado por Lídia Sirena em 26/03/2011
Código do texto: T2871927
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