Ao Gigante Adamastor
Não luto contra o tempo
Prefiro o momento
Não uso de argumento
Pra justificar a felicidade
Eu a crio, a busco, a presenteio
Não comparo, não invado
Não insulto, não desfaço
Não uso as ruínas alheias para elevar meus sentimentos
E a cada castelo de areia erigido, mesmo que efêmero
É para sempre meu, inclassificável, portento
E se o mar vence meus sonhos e minhas esperanças
com tempestades de ignorância
vou naufragar em outras praias
sem esquecer dos momentos vividos
com Vênus