Monólogo da traição - Rotina

Monólogo da traição - Rotina

Como minha sopa,

Desfaço a moça

Tiro meus rastros.

Repasso o canto

Lavo meu manto

E te refaço.

Limpo a boca,

Seco os lábios

Eu não canso de repetir.

Canto-lhe versos,

Dou-te um beijo para dormir.

Saiu à chuva,

Procuro uma e te encontro.

Como com gula

E mais uma vez pego meus panos.

Nada preenche,

Nem me prende e eu quero mais.

Sinto-me sozinho aos trapos,

Nada me satisfaz.

Vivo na culpa,

Olhar nos olhos,

Não sou capaz.

Deleito-te em lagrimas,

Não sinto nada,

Dou-te promessas,

Mas são só palavras.

O amor me prende,

Me surpreende,

Mas eu ainda quero mais.

Olhos ao lado, lembram do passado,

Eu sou capaz.

Admiro a chuva,

Gotas me lembram da sua face,

Honro as palavras,

A chuva passa,

O amor me prender mais um verão.

Passa um tempo, mesmo amando,

Tudo de novo,

Limpo os rastros, até a próxima estação.

Feito no dia: 24/01/2011 - 06h00min.

Alawara Chavéz
Enviado por Alawara Chavéz em 24/03/2011
Código do texto: T2868234
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