Espera!
Espera! Ainda é cedo para que vás embora.
Deixa que eu te acaricie mais um pouco,
e marque em minhas mãos o seu contorno.
Espera! Pode ser que não exista outra hora
em que sintamos de novo este amor louco,
e o fogo que nos queima fique morno.
Ninguém conhece os caminhos do desejo,
que surge, cresce e acende tudo em volta,
até mesmo a partir de um simples beijo
que a fúria da paixão descobre e solta.
Os momentos de amor deviam ser eternos,
sem que nada mortal os mensurasse,
e aquecessem até mesmo o frio inverno
que à sua frente a vida colocasse.
Espera! E vê comigo o raiar de mais um dia,
antes que os nossos caminhos se separem
e que tenhamos que viver desta poesia
até as nossas vidas de novo se cruzarem.