Tic-tac do Amar (Tic-tac II)

Tic-tac II - Tic-tac do Amar

Há tempos eu procurava

Pilhas novas para meu relógio girar.

Usava-as até se gastar.

Num incessante ciclo,

Sofrido, sem fim.

“[...] Pilhas novas,

As velhas estão gastas [...]”

E uma hora não dá mais para usar.

As novas não faziam meu relógio

O tempo acompanhar.

E meu ponteiro ficava

A deriva sempre em busca de se alimentar.

Tic-tac não havia,

Mas o tempo não parava.

Até que cansei e percebi

Que o tic-tac do relógio do amor

Não funciona com pilhas

Que gastam e é preciso trocar.

Ele é à base de luz,

Luz natural solar.

Sol que eu tinha

Mas desprezei achando

Que precisava de novas pilhas.

Quando que eu apenas precisava

Olhar para cima.

E meu relógio voltaria a funcionar.

Foi o que eu fiz

E agora novamente ouço

O meu velho timbre amado,

O tic-tac do amar.

A. Alawara Chavéz

07:36 14/03/11

Trecho entre aspas retirado de ‘Tic-tac’ de A. Alawara Chavéz.

Alawara Chavéz
Enviado por Alawara Chavéz em 24/03/2011
Código do texto: T2867259
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