Na simples ingenuidade

Tenho tanta raiva.

Tanta raiva por amá-lo.

Raiva por não ser correspondida.

Por não ser compreendida.

Nas nossas longas conversas

Viajamos em um idioma só nosso

E na sua doce juventude velha

Ainda percebo ingenuidade.

Ingenuidade para não perceber o amor em meus olhos.

Para não perceber a admiração em meu espírito.

Para não ver o que está na cara.

Enquanto para os outros nada precisa ser dito.

Meu olhar desenha para você o que sinto.

Mas você tem a não percepção de ser ingênuo.

Por mais que eu tenha vontade de beijar-te no meio da rua

Minha coragem se esvai com teu sorriso

E ainda tenho raiva.

Por não conseguir te esquecer

E me apaixonar todo dia pela sua ingênua inteligência

Ingênuo sorriso.

Ingênua beleza.

Izy Drummond
Enviado por Izy Drummond em 23/03/2011
Reeditado em 25/03/2011
Código do texto: T2866589