O Tigre e a Rosa VIII – Ampulheta

Momentos totalmente inesquecíveis.

Sensações embriagantemente incríveis.

Assim o Tigre descrevia,

o motivo de toda a sua alegria.

A Rosa que preencheu de perfume e cor,

sua vida cinza, de tristeza e torpor.

Os últimos dias,

só poderiam ser descritos em poesia.

A caminhada do tempo,

não podia ser parada, assim como o vento.

A volta de sua Responsabilidade pendente,

vinha com o passado, para invadir o presente.

Não queria pensar no retorno a realidade.

Viveria todo restante com intensidade.

Tinha muito ainda para a Rosa contar

e com ela, na suas histórias viajar.

Mostrar tudo de bom que tinha visto um dia,

para que ela aproveitasse tudo que não conhecia.

Provar que o mundo enfim,

era muito maior do que o seu belo jardim.

Prometeu a si mesmo que o faria,

quando se lembrou das lágrimas da Rosa um outro dia.

Quando a viu pela primeira vez, ao seu lado chorar,

dizendo que não tinha história para contar.

Pediu atenção no que iria dizer,

e afirmou: “- Terás ainda muitas histórias para viver !”

Tinha que apressar o passo,

antes que o tempo ficasse escasso.

A ampulheta estava virada

e cada grão de areia, diminuía o tamanho da estrada.