PAQUERA EM BAR

Fixo o olhar

Indolente

Insolente

Em sua mente

Na mesa do bar

Quero que me veja

Neste ambiente

Quente

Efervescente

De whisky e cerveja

Quero que note

Meu grito mudo

(Que sortudo)

Bate em seu escudo

E vem de rebote

Atravessa o salão.

Bate-me na testa

Você em festa

Olhar em fresta

Desperta paixão

É nessa languidez

Que a eletricidade,

A cumplicidade,

Sem privacidade

Encontra fluidez.

É quase ilícito

Nós dois assim

Distantes, sim

Inventando enfim

O sexo implícito.

Baseado no poema "namoro" de 2007, publicado no Recanto

Luiz Lauschner
Enviado por Luiz Lauschner em 23/03/2011
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2866264
Classificação de conteúdo: seguro