PAQUERA EM BAR
Fixo o olhar
Indolente
Insolente
Em sua mente
Na mesa do bar
Quero que me veja
Neste ambiente
Quente
Efervescente
De whisky e cerveja
Quero que note
Meu grito mudo
(Que sortudo)
Bate em seu escudo
E vem de rebote
Atravessa o salão.
Bate-me na testa
Você em festa
Olhar em fresta
Desperta paixão
É nessa languidez
Que a eletricidade,
A cumplicidade,
Sem privacidade
Encontra fluidez.
É quase ilícito
Nós dois assim
Distantes, sim
Inventando enfim
O sexo implícito.
Baseado no poema "namoro" de 2007, publicado no Recanto