Sem Titulo

Amargo o beijo que me deixaste como lembrança

Sufoca me o canto da boca

E me faço ouvir os cantos dos pássaros fúnebres

Gritam as vísceras

Árias de cantatas tristes

Ecoava no vento como choro de criança ferida

Derramo- me pelos parapeitos

Cerceando limites do amor que já não sinto

Lanço raízes por qualquer vão

Tentando me alcançar pra saber quem sou agora

Regozijando sob as sombras deixadas pelo encanto

Me faço feitiço errôneo cultuando apenas dor

Canto rebelde que o passado ignora

Entope meus ouvidos e faz cantar meu peito que chora

Se por amor perdi toda a inocência

Lutas e tempestades violaram

Da que ouçamos a sua voz

Grita sobre as juntas

No controle dos ligamentos

Faz me amar

Na mesma intensidade de que te amei algum dia

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 23/03/2011
Reeditado em 31/05/2014
Código do texto: T2865340
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