Sem Titulo
Amargo o beijo que me deixaste como lembrança
Sufoca me o canto da boca
E me faço ouvir os cantos dos pássaros fúnebres
Gritam as vísceras
Árias de cantatas tristes
Ecoava no vento como choro de criança ferida
Derramo- me pelos parapeitos
Cerceando limites do amor que já não sinto
Lanço raízes por qualquer vão
Tentando me alcançar pra saber quem sou agora
Regozijando sob as sombras deixadas pelo encanto
Me faço feitiço errôneo cultuando apenas dor
Canto rebelde que o passado ignora
Entope meus ouvidos e faz cantar meu peito que chora
Se por amor perdi toda a inocência
Lutas e tempestades violaram
Da que ouçamos a sua voz
Grita sobre as juntas
No controle dos ligamentos
Faz me amar
Na mesma intensidade de que te amei algum dia