DESEJO E TEMPO
Na força do desejo o limite
é o corpo:
O horto para os animais
As barreiras sociais
A cultura do pudor
O cheiro da situação
A crise de abnegação
A negação dos iguais
Nos limites do corpo o tempo
é a força:
Os sais para os banhos
O tamanho para a ação
O chão na caminhada
O leito na correnteza
A certeza da reciprocidade
Os braços no afago
As “juras de maldição”.
O desejo não tem limite
Nem corpo
É um sopro que fura
Uma correnteza, com fúria;
O corpo é a arma
Que cala nas mãos.