Pressentimento...
O que meu coração pressente
É que este presente
Não é o presente
Que eu sempre quis
E talvez seja tarde
Para mudar
Toda falta que me arde
O tanto de alarde
O tanto que eu fiz
Pra ser feliz
Talvez seja
Desperdício
Pensar em você
Como um vicio
Sabendo
Que por principio
Nunca vou aceitar
A idéia
De te aceitar
Porque sou rígido
Eu sei disso
Meu juízo nunca vai
Se alinhar com teus
Gritos, teus picos
De alegria...
E descortesia...
O que meu coração pressente
É que me livro
Livremente
Como dos dias chegam se
Aos meses
E passam se as horas
Os minutos
E naturalmente
As nuvens...
As luas... os sóis poentes
Tudo vai deixando
Você pra trás
E comovente
Vejo outra, outra
E mais outra noite passar
Que até me arrisco a dizer
E a pensar que acabou
O que outrora
Velava meu sono
e Fazia-me feliz
Adormecer