NOS DESCANSOS DE TI
Sentimentos?
Pendurei-me em todos
O melhor do passado
Foi depois cerzi-los
Em poemas circunscritos
Pelas ilhas-veredas
Do meu peito-leito
Agora
Eles embalam o meu dormir
Na maciez das ondas
De dois travesseiros
Que arfam...
Dos versos?
Embora poucos,
Já houve tantos...
O suficiente
Para sabê-los insuficientes...
Deles, esqueci os melhores
Nos recantos mansos
Dos descansos em ti
(Versos estancos que não pari)
Pedi-os tanto de volta a mim,
Mais que à força atávica deles mesmos
Acho que é por isso
Que escrevo tão pequeno
O que me era grande,
Ganhei. Amei. Depois perdi.
Restou esse traço
Que agora me traduz
(De luz, um quase fiapo)
: Uma forma estabanada de sorrir.