SURGIU...
Tal qual um camponês
Que hoga aos céus
Só por uma vez
Olhar bela princesa
Dizer-lhe juras de amor
Com pura e nobre insensatez
Surgiu ímpeto e fugaz
Um vulto na relva a passar
Perfume louco na pele hávida
Lembravam anos atrás
Antigo sonho a sonhar
De uma altivez incapaz
E aquele pobre camponês
Viu a chance então surgir
Correu por entre a bela relva
Tratou ele de sorrir
E para espanto da dona
Prostrou-se à frente a pedir
Foi repentina miragem
E algumas recordações
De súplicas ao bem dizer
Um ósculo naquela imagem
Um entrelace das mãos
Foi repentino prazer