SURGIU...

Tal qual um camponês

Que hoga aos céus

Só por uma vez

Olhar bela princesa

Dizer-lhe juras de amor

Com pura e nobre insensatez

Surgiu ímpeto e fugaz

Um vulto na relva a passar

Perfume louco na pele hávida

Lembravam anos atrás

Antigo sonho a sonhar

De uma altivez incapaz

E aquele pobre camponês

Viu a chance então surgir

Correu por entre a bela relva

Tratou ele de sorrir

E para espanto da dona

Prostrou-se à frente a pedir

Foi repentina miragem

E algumas recordações

De súplicas ao bem dizer

Um ósculo naquela imagem

Um entrelace das mãos

Foi repentino prazer

O Guardião
Enviado por O Guardião em 09/11/2006
Reeditado em 21/03/2007
Código do texto: T286434