Te espero, meu amor...

Mesclada sensibilidade,

apodera-se de mim,

inquieta dor da saudade;

procuro-te incansavelmente

na longa distância...

busco-te em vultos,

nas salas imaginárias,

sonho e invento

personagens contrárias;

em silêncio, ouço o grito

que não quero ouvir,

solidão, dor e amor

chamam por ti;

desdobro esquinas nas

cenas do tempo...

contemplo meu amor

no teu olhar...

tão longe e tão perto,

como se o ontem, não

tivesse passado,

hoje ainda nem

tivesse chegado e, junto

com o amanhã, sei que

teu olhar vai brilhar

na mesma intensidade

do meu amor... e,

vais lembrar de mim;

eu vou te esperar.

Marisa de Medeiros