Tuas Lembranças

Somente quando morreres vou poder viver tranquilo

Pois teu corpo não fará sombra

Nem teu cheiro vai sufocar os ares

E os dias serão impares e não pares...

Quando a terra saciar sua pele

Como um banquete de saborosas

e belas e fartas rosas

O mundo será menos bonito

Somente quando tua cinza se esparramar no vento

Tu serás irreconhecível

Aos poucos se tornarás invísivel

E então terei paz, por que jaz por um momento

Em sua tumba vão timbrar seguintes falas

_Tu deixarás muita saudade

E eu direi no entanto

_Não é verdade

A mim apenas amor e mágoa,

uma lágrima pra cada instante

E um elefante de louça que deixo na estante...

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 21/03/2011
Reeditado em 21/03/2011
Código do texto: T2862719