AS CHAMAS MUDAS

Eu vim trazer-te versos gratos e retribuidores

Em nome dos olhares sedutores com os quais me viste

Embora agora eu nem te aviste, em mim permaneceram teus sabores

Nos hábeis toques delineadores, que o meu pensar a relembrar persiste!

Contigo aprendi o que seria uma noite a valer por uma vida

E como achar a face perdida, que mora adormecida em nosso instinto

Eu descobri as fontes do vinho tinto e a paisagem mais reflorida

Todas em tua forma desinibida e nos teus lábios que ainda sinto!

Não é a toa que ainda me persegue o aroma de teu cio

E ocasionalmente advém-me o arrepio decorrente do imaginar

Tua nudez irresistível ainda está a provocar o meu controle por um fio

Tal como lava que expulsa todo frio, tua lembrança ateia meu incendiar!

Não há palavras recordadas, posto que nada nos dissemos

Fala mais alto o que fizemos e seu estrago delicioso alastrado

Mas o desejo é um brado eternizando o incêndio que em nós exercemos

Que apagar não podemos e que ainda atua insinuante e calado!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 21/03/2011
Código do texto: T2861530
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