Não me atrevo.

Sei que estas triste.

Algo em mim se inquieta,

a pergunta insiste.

Mas você segue quieta.

Não me atrevo, não devo,

Pois nada me deves.

Nem o papel em que escrevo,

sou eu quem se atreve.

É de minha vontade, vaidade,

Isto de fazer poemas de amor.

A uma mulher de verdade,

Cujo beijo não sei o sabor.

O toque de sua pele,

Dos olhos o olhar.

O roçar nossas faces,

Calor no abraçar.

Ao pesar minhas conjecturas

Eu sei que nada é certo

A não ser sonhar tua ternura,

descrever-te em versos