Meu Anjo

Ah, meu Anjo, como voas!

Tuas asas refletem a prata do luar, em noites de lua cheia e alta;

Recriam o sol tímido, em dias de nuvens magnéticas;

Iluminam minha existência, em momentos de escuridão;

Clareiam minha retina fatigada, em instantes de colapso de luz;

Incendeiam meu horizonte de ocaso, em ciladas de alvorada cíclica;

Ah, meu Anjo, como cantas!

Tua voz plácida acalma minha alma, em perseguições de pura ansiedade;

Alivia meus medos, lumiares de desespero, em sonoras complacências de santidade;

Permeia de macio veludominha vida, em arroubos estéreis de ingratidão;

Reinventa o canto, em canoras manifestações de "avis raras";

Dignifica a arte de ser anjo, em travessuras telúricas de mulher!

Ah, meu anjo, como eu te amo!