AÇOITES DE AMOR

Não esquecerei jamais daquelas noites

Em que gemendo nos meus braços

Soluçavas afogando-se em meus desejos,

E o som dos nossos beijos

Estalando como açoites

A ferirem nossos corpos.

Para nós não importava o local!

Não escolhíamos os momentos;

Na rua, no quarto, nas esquinas...

Ou sobre os reflexos das estrelas

Que para nós sorriam

Quando amávamos

Até amanhecer o dia

Rolando por entre as margaridas.

Assim sonhava acordado

Acreditando ser real aquele mundo,

Agora, porém percebo que era ilusão,

Ao mergulhar tão profundamente

Nas águas da tua alma

Afastei-me da luz

Sem pensar que me deixarias

Em meio à escuridão.

Que foi feito daquilo tudo?

Cadê a estrela cintilante

Que por nós velava a sorrir?

Dorme acaso no fundo do teu peito

O amor que um dia foi meu?

Ou de tristeza o coitado morreu?

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 18/03/2011
Código do texto: T2856532