Abraço
Descobriu o que era
Aquele momento?
Calou a megera
Do seu pensamento?
Refletiu no enigma
Que a vida lhe fez?
Experimenta beber o magma
E tomar gelo na tez...
Vou contar até dez
Vou cantar em marcha ré
Vou sentir o aroma do chá
Vou mentir o problema da paz
Encolheu as letras
Estão miúdas e traiçoeiras
Não consegui ler todas
Engoli poeiras
Cintilando, os olhos passam
Sobrevoam, aterrissam
Entreolham o vizinho
Com talento, tão sozinho.
Erga-se então, meu bem.
Agora tudo se consome
Tanto que seus olhos, meu além,
Estão em mim e com fome.