Página do teu diário 

Esperava que a noite fosse uma flor

Uma flor negra exalando seu perfume de mistério

Envolvendo nossa paixão em sombras bailarinas

Porém, o show terminou, acenderam-se as luzes

Angústias, minhas inseparáveis companheiras

Lá estavam me chamando para dentro das recordações

Pareciam ri da desgraça que me fazia escrava.

Presa ao amor que do meu coração vou

Não consegui abraçar a volúpia que se enlaçava

A simples lembrança do teu hálito quente

Queimava-me como brasa deixando-me acuada

Cubro a vergonha com o lençol da realidade

Querendo fugir dali como se espinhos ferissem

A flor negra da noite murchou apenas espinhos e dor

Sombras dançantes agonizam nas paredes fantasmas

O peito ofegante de ódio clama por teu nome

Grito abafado, Grito na madrugada, Grito para o nada

Nada é seu amor, seu amor que em mim não deságua

Não sei até quando vou viver navegando nessas águas...

 

Jamaveira®
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Jamaveira
Enviado por Jamaveira em 18/03/2011
Código do texto: T2855888
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