Página do teu diário
Esperava que a noite fosse uma flor
Uma flor negra exalando seu perfume de mistério
Envolvendo nossa paixão em sombras bailarinas
Porém, o show terminou, acenderam-se as luzes
Angústias, minhas inseparáveis companheiras
Lá estavam me chamando para dentro das recordações
Pareciam ri da desgraça que me fazia escrava.
Presa ao amor que do meu coração vou
Não consegui abraçar a volúpia que se enlaçava
A simples lembrança do teu hálito quente
Queimava-me como brasa deixando-me acuada
Cubro a vergonha com o lençol da realidade
Querendo fugir dali como se espinhos ferissem
A flor negra da noite murchou apenas espinhos e dor
Sombras dançantes agonizam nas paredes fantasmas
O peito ofegante de ódio clama por teu nome
Grito abafado, Grito na madrugada, Grito para o nada
Nada é seu amor, seu amor que em mim não deságua
Não sei até quando vou viver navegando nessas águas...
Jamaveira®
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