QUANDO EU VIM M'EMBORA...
Agradeço por pegar minhas tralhas
que esqueci no calor da hora
esqueci quem sabe ato falho
pra não vir de todo embora
deixar pra trás um sapato,
a calcinha, o brinco, o fio de cabelo
que tudo naquele atropelo
mais prendia que soltava
mais premia e intrincava
e tal rima pobre agora
de verbo qual ladainha
eu eu presa a essa retórica
palavras não trazem você
poemas são plumas fugazes
como aquele beijo distante
via email...
Silencioso está você?
Silenciosa resto eu
fala em silêncio o computador
um chiadinho intermitente
"pra que rimar amor e dor?"