FALTOU AMOR
Tive teus beijos e a plenitude ousada de tuas obstinações
Quando as sensações quiseram bis, tu foste mais além
Tu foste aquele especial alguém que não poupou-se em doações
Dizias ter a síndrome das paixões, falaste ao peito meu como ninguém!
A cada estrela em céu sublime tu deste um pouco de mim
Se mesmo nele houvesse um fim, ainda assim jamais acabaria teu fervor
Vi quando teu olhar brilhou enunciando me querer igual clarim
Senti o aroma do jasmin no auge da impressão que me sugestionou!
Ouvi doces promessas e as mais esvoaçantes de todas as juras
Presenciei cenas de loucuras e até neuroses quase obcecadas
Vi lágrimas deflagradas e confissões sem rédeas e censuras
À luz do dia ou às escuras, testemunhei miragens teatralizadas!
E agora sou o matemático dos zeros, o alquimista das cinzas
Tudo que avisto são ruínas, onde houveram castelos de elevado valor
O que tua máscara me assegurou, hoje transita noutras esquinas
Deste-me tantos poemas e rimas... só não me deste amor!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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