Quadra do suplício

Não deixes a tua saudade, não abras o teu coração,

Se não forem verdadeiros os teus gestos, se não for a tua intenção.

Não quero a semente dos frutos que não poderei provar,

Pior que a saudade de quem ama é a de quem não se conseguiu amar.

Leve-me por mares de sonhos, mesmo que bravios sejam,

Contanto que exista um porto, no qual as águas se beijam,

Que baixemos as velas, que andemos serenos,

Onde tu sejas só minha. Amantes, seremos.

Os desejos físicos cessaram, por força do corpo ao tempo,

O amor perdurará, sempre, a ti eu querendo,

Provando que amar é mais do que físico, é leve, maior que o próprio mar,

Tu não me deixes saudade, não me dê esperança, deixe-me te amar.

Esse suplício tu me fazes sentir em toda minha alma,

Mas se me aceitares, ela viverá em plena calma,

Passarás a ser minha estrela-guia,

Guiando este náufrago à terra da alegria.

Inaldo Santos.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 17/03/2011
Reeditado em 18/03/2011
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