A solidão de um homem.
Autor: Daniel Fiúza
17/03/2011
Um homem triste solitário
Olhava o rio, calado,
Com águas transparentes
Lentas e indecisas.
Ouvia o som da floresta
Catalisando pensamentos
Montando suas lembranças
Que eram bebidas pelo vento.
O rio sentindo a tristeza
Bateu numa pedra e cantou
Uma linda canção de amor
Para amenizar a dor
Daquele homem solitário.
Vestida de véu e grinalda
Uma nuvem apaixonada
Pairou sobre aquele rio
Sua sombra delicada.
As espumas alegremente
Faziam festa no rio
Chiavam feito serpente
Com suas bolhas coloridas.
A mulher que ele amou
Partiu para a eternidade
Levou consigo o amor
Seu sabor e sua coragem
Deixou uma dor sedenta
Uma saudade cinzenta
E uma tormenta de saudade.
Na solidão sonolenta
Na tristeza absurda
Na sólida e triste ausência
Deixou um vazio enorme.
Dentro dos olhos, às lagrimas,
Afluentes daquele rio,
Acorrentado na dor
Como um amigo solidário
O rio corria sereno
Doando um pouco de paz
Aquele homem solitário.